
Receber uma multa de trânsito pode ser uma experiência frustrante, mas nem sempre a penalidade aplicada está correta. Felizmente, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) garante aos motoristas o direito de recorrer dessas infrações, e é aí que entra a JARI (Junta Administrativa de Recursos de Infrações).
A JARI é o primeiro órgão responsável por analisar e julgar os recursos contra multas, garantindo que os condutores tenham a oportunidade de apresentar sua defesa de maneira justa.
Mas como esse processo funciona? Quais são as chances de sucesso ao recorrer? Neste artigo, vamos explicar sobre JARI, desde seu papel até dicas para aumentar suas chances de ter o recurso aceito.
O que é Jari e como funciona?
A Junta Administrativa de Recursos de Infrações (JARI) é um órgão responsável por analisar e julgar os recursos apresentados por motoristas que desejam contestar multas de trânsito. Ela faz parte do sistema de fiscalização e controle do trânsito no Brasil, garantindo que os condutores tenham o direito à defesa antes da aplicação definitiva de penalidades.
Cada órgão de trânsito, como o Detran ou a Polícia Rodoviária Federal, possui sua própria JARI para avaliar os recursos referentes às infrações emitidas por eles. A composição da junta inclui especialistas em trânsito e representantes de diferentes entidades, assegurando uma análise imparcial dos casos apresentados.
A principal função da JARI é verificar se a multa foi aplicada corretamente e se há argumentos ou provas suficientes para justificar o cancelamento da penalidade.
Caso o recurso seja aceito, a infração é anulada e o condutor não precisa pagar a multa, além de não sofrer outros impactos, como a perda de pontos na carteira de habilitação. Se a defesa for negada, ainda existe a possibilidade de um segundo recurso para instâncias superiores, como o CETRAN (Conselho Estadual de Trânsito).
Com isso, a JARI desempenha um papel fundamental na garantia dos direitos dos motoristas, funcionando como uma instância de revisão para evitar penalidades indevidas ou aplicadas de forma equivocada.
Como Funciona o Recurso de Multa na JARI?
O processo para recorrer de uma multa junto à JARI segue algumas etapas específicas e exige atenção aos prazos e documentos. Tudo começa quando o motorista recebe a notificação de infração, que contém informações sobre a multa aplicada, incluindo o motivo, local, data e valor da penalidade.
A partir deste momento, o condutor tem o direito de apresentar um recurso para contestar a infração, desde que dentro do prazo estabelecido na notificação.
Para dar entrada no recurso, é necessário reunir a documentação exigida, que geralmente inclui a cópia da notificação da multa, documentos do veículo, cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e um requerimento explicando os motivos da contestação.
Além disso, sempre que possível, é importante anexar provas que possam fortalecer a argumentação, como fotos, testemunhos ou laudos técnicos.
Depois que o recurso é protocolado, o JARI analisa a solicitação com base nas informações apresentadas pelo motorista e na legislação vigente. Durante essa análise, são verificadas inconsistências na aplicação da multa, erros formais na notificação ou mesmo a possibilidade de que a infração tenha sido registrada de maneira equivocada.
A decisão da JARI pode resultar em três possíveis desfechos. Se o recurso for aceito, a multa é cancelada e o condutor não precisa pagar o valor nem terá pontos registrados na CNH. Caso o pedido seja negado, a penalidade continua válida, mas ainda há a possibilidade de recorrer para uma instância superior, como o CETRAN.
Em alguns casos, a JARI pode conceder um deferimento parcial, reduzindo a penalidade ou alterando sua classificação.
Por esse motivo, recorrer de uma multa junto à JARI é um direito de todo condutor e pode ser uma alternativa viável para evitar penalidades indevidas, desde que o pedido seja bem fundamentado e apresentado dentro dos prazos estabelecidos.
Quem pode recorrer de uma multa no Jari?
Qualquer pessoa ou entidade que tenha recebido uma multa de trânsito pode recorrer à JARI. Isso inclui:
- O proprietário do veículo registrado no documento do automóvel;
- O condutor infrator, caso tenha sido identificado na multa;
- O representante legal, se for uma empresa ou se houver procuração específica para interpor o recurso.
O recurso pode ser feito dentro do prazo indicado na notificação de imposição de penalidade e deve conter argumentação técnica ou legal para contestar a multa.
Se for indeferido na JARI, ainda há a possibilidade de recorrer ao CETRAN ou ao CONTRAN, dependendo do caso.
Quais são as Possibilidades de Resultado do Recurso?
Após a análise do recurso, a JARI pode tomar três decisões diferentes: deferimento, indeferimento ou deferimento parcial. Cada uma dessas possibilidades tem consequências distintas para o motorista.
Quando o recurso é deferido, significa que a JARI aceitou os argumentos apresentados pelo condutor e considerou que a multa deve ser cancelada.
Com isso, o motorista não precisa pagar o valor da infração, não recebe pontos na carteira de habilitação e não sofrerá outras penalidades associadas à multa. Essa é a melhor das possibilidades, pois extingue a infração completamente.
No caso do indeferimento, a JARI mantém a multa válida, rejeitando os argumentos do recurso. Isso significa que o condutor continua obrigado a pagar a penalidade e terá os pontos lançados na CNH.
No entanto, ainda há a chance de recorrer a uma instância superior, como o CETRAN (Conselho Estadual de Trânsito), nos casos de multas aplicadas por órgãos estaduais ou municipais, ou ao Conselho de Recursos Administrativos de Infrações (CONTRAN), em infrações federais. Esse segundo recurso deve ser apresentado dentro do prazo estabelecido na notificação da JARI.
E em último caso, há a possibilidade de um deferimento parcial, que ocorre quando a JARI aceita apenas parte dos argumentos do motorista. Nesse caso, a penalidade pode ser reduzida, seja no valor da multa ou na pontuação na CNH. Isso pode acontecer, por exemplo, quando a infração é reclassificada para uma categoria menos grave.
Independentemente do resultado, é fundamental acompanhar o processo e estar atento aos prazos para um eventual novo recurso. Caso a multa seja mantida, o motorista deve providenciar o pagamento dentro do prazo para evitar juros e outras complicações.
Se houver a possibilidade de recorrer novamente, é importante revisar os argumentos, reunir mais provas e reforçar a defesa para aumentar as chances de sucesso na próxima etapa.
Como funciona o CETRAN
O CETRAN (Conselho Estadual de Trânsito) e a JARI têm funções complementares dentro do Sistema Nacional de Trânsito, especialmente no que diz respeito ao julgamento de infrações.
O CETRAN atua como instância superior à JARI dentro do sistema de recursos administrativos:
- Se um motorista recorrer de uma multa e a JARI indeferir o pedido, ele pode apresentar um novo recurso ao CETRAN, que atua como segunda e última instância administrativa dentro do estado.
- Caso o CETRAN também negue o recurso, o condutor só poderá questionar a penalidade na esfera judicial.
Principais funções do CETRAN:
- Normatização e Fiscalização – Garante que as leis de trânsito sejam cumpridas nos estados e pode editar normas complementares conforme as necessidades locais.
- Julgamento de Recursos – Atua como segunda instância nos recursos contra infrações de trânsito, revisando decisões dos órgãos municipais e estaduais.
- Orientação aos Municípios – Ajuda os órgãos municipais a implementarem e gerirem seus sistemas de trânsito.
- Capacitação e Educação no Trânsito – Desenvolve campanhas e programas para conscientizar motoristas e pedestres.
- Supervisão de Órgãos Executivos – Acompanha o trabalho do DETRAN e outros órgãos de trânsito estaduais.
Como entrar com recurso na JARI
Se você recebeu uma multa de trânsito e deseja contestá-la, pode recorrer junto à JARI. O processo é simples, mas exige atenção.
Veja o passo a passo:
1. Verifique a Notificação da Infração
- Leia atentamente a notificação recebida e confira se os dados estão corretos, como placa do veículo, data, local e descrição da infração.
- Identifique o prazo para apresentação do recurso, que normalmente consta na notificação.
2. Reúna a Documentação Necessária
Para entrar com o recurso na JARI, você precisará dos seguintes documentos:
- Cópia da notificação da infração ou do Auto de Infração de Trânsito (AIT).
- Cópia da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) ou outro documento de identificação com foto.
- Cópia do Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV).
- Formulário de Recurso de Multa, disponível no site do órgão de trânsito responsável pela multa.
- Provas adicionais, como fotos, vídeos, testemunhos e laudos técnicos que reforcem sua defesa (opcional).
3. Elabore o Recurso
- Escreva um texto claro, objetivo e técnico, evitando justificativas emocionais.
- Utilize argumentos baseados no Código de Trânsito Brasileiro e, se possível, cite decisões favoráveis em casos semelhantes.
- Caso a multa tenha erros formais, destaque isso no recurso.
4. Protocole o Pedido na JARI
- Verifique onde o recurso deve ser entregue. O envio pode ser feito de três formas:
- Presencialmente no órgão de trânsito responsável pela infração (Detran, PRF, prefeitura, etc.).
- Pelos Correios, enviando os documentos para o endereço indicado na notificação.
- Online, caso o órgão autuador disponibilize essa opção em seu site.
- Presencialmente no órgão de trânsito responsável pela infração (Detran, PRF, prefeitura, etc.).
5. Acompanhe o Processo e Aguarde a Decisão
- Após protocolar o recurso, a JARI analisará o pedido e poderá:
- Deferir (aceitar) o recurso, cancelando a multa.
- Indeferir (negar) o pedido, mantendo a penalidade.
- Deferir parcialmente, reduzindo a multa ou modificando a infração.
- Deferir (aceitar) o recurso, cancelando a multa.
- O prazo para resposta pode variar, mas geralmente a decisão sai em até 30 dias.
6. Recorra em Segunda Instância (se necessário)
- Se o recurso for negado, você ainda pode recorrer ao CETRAN (Conselho Estadual de Trânsito) para multas estaduais ou municipais, ou ao CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) para infrações federais.
- O processo é semelhante ao primeiro recurso, exigindo a elaboração de um novo pedido com mais argumentos ou provas complementares.
Seguindo esses passos, você garante seu direito de defesa e pode evitar penalidades indevidas.
A Importância de Entender o JARI na Gestão de Grandes Frotas
Entender o funcionamento da JARI é crucial para a gestão de grandes frotas de veículos, pois esse órgão desempenha um papel importante no processo de contestação de multas de trânsito, garantindo que as infrações sejam analisadas de forma justa e conforme a legislação.
Aqui estão algumas razões pelas quais é fundamental que gestores de frotas compreendam a JARI:
1. Redução de Custos Operacionais
Multas de trânsito podem gerar altos custos para as empresas, especialmente em grandes frotas, onde a quantidade de infrações tende a ser maior.
Compreender como recorrer das multas através da JARI pode evitar o pagamento de penalidades indevidas, ajudando a reduzir despesas com multas e seus respectivos encargos, como taxas de administração, juros e impactos financeiros negativos.
2. Preservação da Imagem Corporativa
Em muitas situações, multas podem ser aplicadas de forma equivocada, o que pode prejudicar a imagem da empresa, especialmente quando são publicadas registros de infrações.
Ao recorrer às multas na JARI, a empresa tem a chance de limpar seu nome e evitar que sua reputação seja afetada por infrações que não ocorreram ou foram aplicadas de maneira incorreta.
3. Gerenciamento Eficiente do Compliance
Entender a JARI permite que os gestores de frotas mantenham a conformidade com as regras de trânsito e com os direitos legais dos motoristas.
Isso garante que as infrações sejam contestadas de forma correta e dentro dos prazos estabelecidos, além de assegurar que as penalidades não sejam aplicadas sem justificativa adequada.
4. Melhoria no Controle de Pontuação da CNH dos Motoristas
Para as grandes frotas, a pontuação na CNH dos motoristas é um fator essencial. Multas indevidas podem resultar em pontos de motoristas que não cometeram infrações, o que pode levar a sanções como a suspensão da habilitação.
Entender o processo de recurso na JARI ajuda a minimizar o risco de que motoristas acumulem pontos desnecessários, evitando que a frota tenha problemas com a habilitação dos seus condutores.
5. Processo de Recurso Eficiente e Rápido
Conhecer o processo de recurso na JARI permite que a empresa implemente um fluxo de trabalho eficiente para contestar multas de forma organizada.
Isso pode ser feito por meio de um sistema de gestão que centralize as notificações de infrações e o envio dos recursos, agilizando o processo e garantindo que as multas sejam contestadas dentro dos prazos estabelecidos.
6. Monitoramento e Prevenção de Infrações
Com o entendimento sobre como funciona a JARI, os gestores de frotas podem orientar seus motoristas de maneira mais eficaz, prevenindo infrações desnecessárias.
Além disso, a análise das multas contestadas pode proporcionar insights sobre comportamentos de risco ou áreas problemáticas, permitindo ações preventivas para melhorar o desempenho e a segurança da frota.
Dicas Para um Recurso Eficiente
Para aumentar as chances de sucesso ao recorrer de uma multa na JARI, siga estas recomendações:
- Verifique erros formais na notificação
- Confira se os dados da multa estão corretos, como placa do veículo, local, data e horário da infração.
- Qualquer erro pode ser um argumento forte para o cancelamento da penalidade.
- Confira se os dados da multa estão corretos, como placa do veículo, local, data e horário da infração.
- Reúna provas concretas
- Fotografe o local da infração, principalmente se houver sinalização inadequada ou ausente.
- Busque testemunhas que possam confirmar sua versão dos fatos.
- Caso necessário, apresente laudos técnicos ou outros documentos que reforcem sua defesa.
- Fotografe o local da infração, principalmente se houver sinalização inadequada ou ausente.
- Escreva um recurso objetivo e bem embasado
- Evite justificativas emocionais; foque em argumentos técnicos e legais.
- Utilize artigos do Código de Trânsito Brasileiro para dar mais credibilidade à defesa.
- Se houver casos anteriores semelhantes que foram deferidos, cite-os como referência.
- Evite justificativas emocionais; foque em argumentos técnicos e legais.
- Respeite os prazos
- Verifique na notificação qual é o prazo máximo para entrar com o recurso.
- Perder o prazo significa aceitar a multa automaticamente.
- Verifique na notificação qual é o prazo máximo para entrar com o recurso.
- Envie o recurso corretamente
- Siga as orientações do órgão responsável pela multa.
- O envio pode ser feito presencialmente, pelos Correios ou por meio digital, dependendo da instituição.
- Siga as orientações do órgão responsável pela multa.
- Prepare-se para um possível novo recurso
- Caso a JARI negue seu pedido, ainda é possível recorrer ao CETRAN ou CONTRAN.
- Reforce seus argumentos e busque novas provas para aumentar as chances de deferimento.
- Caso a JARI negue seu pedido, ainda é possível recorrer ao CETRAN ou CONTRAN.
Qualquer pessoa ou entidade que tenha recebido uma multa de trânsito pode recorrer à JARI (Junta Administrativa de Recursos de Infrações). Isso inclui:
- O proprietário do veículo registrado no documento do automóvel.
- O condutor infrator, caso tenha sido identificado na multa.
- O representante legal, se for uma empresa ou se houver procuração específica para interpor o recurso.
O recurso pode ser feito dentro do prazo indicado na notificação de imposição de penalidade e deve conter argumentação técnica ou legal para contestar a multa. Se for indeferido na JARI, ainda há a possibilidade de recorrer ao CETRAN (Conselho Estadual de Trânsito) ou ao CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), dependendo do caso.
Perguntas frequentes sobre Jari
1. O que é a JARI?
A JARI é a primeira instância administrativa responsável por julgar recursos contra multas de trânsito aplicadas pelos órgãos de fiscalização.
2. Quem pode recorrer na JARI?
O proprietário do veículo, o condutor identificado na multa ou um representante legal com procuração.
3. Como faço para entrar com um recurso na JARI?
O recurso deve ser protocolado dentro do prazo informado na notificação da infração, junto ao órgão que aplicou a multa, apresentando argumentos e provas que justifiquem a defesa.
4. Quais documentos são necessários para recorrer?
- Cópia da notificação ou auto de infração;
- Cópia da CNH ou documento de identidade do recorrente;
- Documento do veículo (CRLV);
- Formulário de recurso preenchido;
- Provas que sustentem a contestação da multa.
5. Quanto tempo demora para a JARI julgar um recurso?
O prazo pode variar conforme o órgão responsável, mas geralmente a JARI deve julgar o recurso em até 30 dias.
6. O que acontece se meu recurso for aceito?
Se o recurso for deferido, a multa será cancelada e os pontos não serão computados na CNH do condutor.
7. O que acontece se meu recurso for negado?
Caso a JARI indefira o recurso, ainda é possível recorrer à segunda instância, que pode ser o CETRAN (Conselho Estadual de Trânsito), o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) ou outro órgão superior, dependendo do caso.
8. Se eu recorrer, preciso pagar a multa?
Se o recurso for apresentado antes do vencimento da multa, o pagamento pode ser suspenso até o julgamento. No entanto, se for negado, será necessário efetuar o pagamento.
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